14 de Julho de 2019

Mariápolis Maringá: Experiência da simplicidade do amor de Deus.

O encontro Mariápolis, realizado pelo Movimento Focolares, aconteceu dos dias 12 a 14 de julho na Chácara Santa Inês em Maringá. Estiveram presentes no encontro, os seminaristas da Etapa Discipular, Rafael Dogani, Guilherme Monteiro de Moura e Antonio Vicente de Almeida Júnior, e do propedêutico, o seminarista Luan Dias.Partilhas de vida. Dom Mário Spaki e Integrntes da comunidade de Maringá.

O que mais me chamou a atenção no encontro de forma geral é de como Deus se manifesta em nossa vida de maneira simples, nos pequenos gestos e palavras. Entender o Deus-Amor, conforme proposto por Chiara Lubich e suas companheiras no início do movimento, é ver que Deus nasce em cada um de nós, no momento em que O percebemos em nós e O levamos aos irmãos, criando assim a cultura do relacionamento mútuo.

Um sentimento análogo brota da experiência do seminarista Luan. “A Mariápolis foi um momento de olhar para o meu interior e perceber o quão grande e simples é o amor dos outros para comigo, um simples sorriso às vezes diz muito, aprendi com aquelas pessoas que as minhas pequenas atitudes podem ser para outras um grande gesto do Deus-Amor”, afirma Luan.

Na sua totalidade, o encontro aconteceu por meio de partilhas pessoais, eles mostraram como o ideal do movimento mudou suas vidas, não acontecendo de forma extraordinária e sim quando souberam viver o testamento do amor em sua totalidade de forma simples. Para contribuir com a nossa caminhada vocacional, me chamou a atenção a partilha de Dom Mario Spak, bispo da diocese de Paranavaí, que disse que devemos sim lutar pelos nossos sonhos até o fim, independente das adversidades no caminho. Ele afirma que “quem deixar pai, mãe, família por causa de Deus, Ele não o abandonará.” Deus está sempre no comando.

O total desprendimento para viver o Evangelho, que inspirou Chiara e suas companheiras, no inicio do movimento, em tempos de guerra, foi o que mais chamou a atenção do seminarista Guilherme em sua vivência no encontro. “Nesse encontro tive a oportunidade de refletir a presença de Jesus Abandonado na minha história, mas sobretudo recordar de momentos marcantes em que sentia o consolo do Deus Amor. Nesses poucos dias pudemos construir uma comunidade; uma família; que possui uma alegria inexplicável que gera essa unidade com Deus e que deve ser reflexo para toda humanidade”, afirma o seminarista.

Podemos ver através dos depoimentos, o quanto ainda nossa sociedade ainda precisa colocar em prática a “arte de amar”. Nós como filhos de Deus, somente somos reconhecidos dessa forma, quando amamos. Amar o outro como a si mesmo, amar por primeiro, amar de forma recíproca, ações que nada mais são do que o próprio testamento de Cristo.Crianças mariapolitas.

 No domingo destaco aqui, a palestra em que nosso pastor, Dom Anuar Battisti nos apresentou a experiência de Jesus Abandonado. Ele afirma que precisamos ter a cruz como centro, pois, o próprio Jesus sofreu enquanto se sentia abandonado. Todos nós temos dores, e precisamos dar nome a todas elas. Para ele, Jesus sofre em nós, no momento da dor e, muitas vezes são dores que não entendemos, se não a abraçamos. E finalizou dizendo que não podemos ficar apegados a cruz, ela é apenas o caminho.Celebração da Eucaristia. Dom Anuar Battisti e Dom Mário Spaki.

Portanto, para mim, viver o Mariápolis, foi uma experiência de consolidação e maturidade na minha fé, pois inúmeras vezes tentei buscar a Deus no extraordinário e pude perceber que a simplicidade dos nossos gestos pode sim levar a viver o Evangelho de maneira plena. Fiquei feliz também por viver este momento com meus irmãos de caminhada e perceber que estamos juntos no mesmo ideal, com as mesmas cruzes e que juntos podemos ajudar uns aos outros neste caminho. Para nós seminaristas, é de grande valia a participação nestes encontros, por mostrar o quanto nossa Igreja é rica em movimentos, carismas, que tudo se converge ao mesmo objetivo, que é viver o Evangelho e a unidade em torno daquele Deus que é Amor.Participantes do Encontro Mariápolis de 2019.


Autor: Rafael Dogani.

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